domingo, 12 de outubro de 2014

PES 2015: O Trem Que Voltou aos Trilhos

O ano de 2014 tem sido um ano bastante difícil para os apaixonados por Pro Evolution Soccer. Os motivos que afastaram os fãs da franquia já são amplamente conhecidos e não há a necessidade de repeti-los.



Com toda razão, estávamos bastante receiosos do que estava por vir. A proximidade do lançamento da demo do PES 2015 era cercada pela curiosidade de como viria esta tão aguardada versão. Não só porque uma nova derrapagem poderia significar o enterro do jogo em detrimento da concorrência, como também por ser o primeiro PES a estrear na nova geração, esta sim, com o hardware adequado para suportar a nova engine, que todos sabiam que era muito mais robusta do que a anteriormente utilizada.

No prometido dia para a disponibilização da demo (11/09/2014), foi necessário criar contas de PSN de Hong Kong; por algum motivo não divulgado, nas PSN Store´s dos demais países ainda não era possível efetuar o download. Ultrapassado este pequeno problema. passamos a ter a oportunidade de de acabar com nossa ansiedade. Para facilitar o entendimento amplo sobre a demo, dividimos os tópicos em um esquema de perguntas e respostas. Vocês que acompanham o blog a muito tempo, sabem que focamos na jogabilidade e funcionalidades do jogo. Licenças, estádios e afins, já são tratados de forma ampla por outros blogs e sites.

Há diferença relevante entre as versões da atual e da nova geração?

Graficamente, a diferença é óbvia e esperada, os jogadores (incluindo os goleiros) estão com muito mais quadros de animação, por exemplo.. A jogabilidade das versões PS3/XBox 360 ficou acima das expectativas, principalmente pra quem achava que iria vir apenas com menu diferente e stats dos jogadores atualizado. O jogo ficou bastante refinado, e acreditamos que os jogos que têm oportunidade de comprar um console novo, não irão se decepcionar.

Fora a parte gráfica, há alguns pontos superiores na nova geração: os jogadores estão mais leves, a IA mais refinada e a individualidade dos jogadores mais evidente.

O tempo de resposta nas jogadas melhorou, já que deixou muito a desejar no PES 2014 ?

Melhorou, sem dúvida alguma, e é algo que chama a atenção de forma muito positiva. O que você faz no controle está refletindo em tempo real nos jogadores, e isso, por si só, já nos fez esquecer da versão anterior.

Como estão os passes ?

Outro aspecto que ficou excelente no jogo. Mas faz-se necessário uma boa dedicação ao jogo para tocar a bola de forma efetiva, já que a força que se coloca no passe é essencial para isso. Nas configurações do jogo, continua com a opção de assistência de passe, com 4 níveis. Quanto menor o nível, maior o treino para tocar com eficiência; em compensação, ganha-se em precisão.

Os chutes a gol estão satisfatórios ?

Sim, inclusive nos chutes fora da área, algo que parecia estar um pouco esquecido nas últimas versões. Desta vez, é perfeitamente possível chutar de fora da área quando em momento de vacilo da defesa.

E a inteligência de defesa ?

Está preenchendo os espaços de forma adequada e estão com obediência tática. Quando o time perde a posse de bola, os jogadores estão voltando para o campo defensivo de forma eficiente.

Existem novidades para o Plano de Jogo este ano ?

Há várias diferenças este ano. A primeira, é que agora é possível configurar 9 táticas diferentes para cada time. Por padrão, apenas 3 táticas são possíveis, que embora sejam chamadas de padrão, customizado e defensivo, nada mais são que as mesmas táticas 1, 2 e 3 que sempre conhecemos. Através da nova opção de Fluid Formation, é possível que o time mude de tática automaticamente, a depender se está saindo com a bola, com a posse de bola ou sem a posse de bola. Ao ativar esta opção, cada situação tem um total de 3 táticas, o que soma, no total, 9 táticas possíveis.

Em termos de usabilidade, para mudar o posicionamento do jogo e função em campo, agora são por opções diferentes, o que consideramos um retrocesso em termos de praticidade, por isso deveria ser revisto.

Outra novidade, é que não temos mais a emoção do jogador, voltamos a ter apenas o nível de fadiga. As nossas conhecidas setas de motivação continuam intactas, o que é sempre bem vindo.

E opções de jogo, alguma novidade ?

Basicamente, continuaram as mesmas: assistência de passe, carrinho manual ou automático, tipo de cursor, etc.

Como os goleiros estão se comportando ?

Os goleiros melhoraram de forma significativa. Em situações nas quais é o último homem, ele sai da área para dar um chute e chegar antes do atacante, isso foi uma inovação muito interessante. As reações estão mais rápidas e estão acontecendo menos situações de rebote, o que foi algo muito bem vindo. Era comum jogadores armarem esquemas táticas já contando com a quantidade elevada de sobra de bolas do goleiro.

Como está o rigor dos juízes ?

Está aplicando muitos cartões nas faltas duras, o que é algo interessante, já que também muitos jogadores focam em quebrar jogadas com carrinhos abusivos. Uma inovação interessante este ano, é a falta que é marcada fora da jogada. Até as versões anteriores, era possível evitar uma marcação de falta após um carrinho duro, bastando, para isso, cancelar a jogada (super cancel) para evitar o atacante pegar na bola.

A individualidade fará a diferença nesta versão ?

Isso é algo que ainda não está tão claro. Talvez seja necessário jogar uma quantidade maior de partidas para uma opinião mais precisa. Proporcionalmente, nas partidas que jogamos até o momento, houveram muito mais momentos decisivos devido à coletividade do que à individualidade de um determinado jogador.

Existem coisas negativas e/ou que possam melhorar ?

Visto que perfeição não existe (até porque a perfeição é inimiga da evolução), há sim, algumas coisas que podem melhorar. Talvez a que mais chamou nossa atenção, foi a perda de stamina exagerada já no início do segundo tempo, achamos que poderia ser melhorado.

Existem aspectos do jogo que só vão ficar claros com o lançamento da versão completa em Novembro ?

Com toda certeza. Talvez a maior das incógnitas seja o desempenho online que teremos nas nossas partidas. Ainda não houve um pronunciamento oficial da Konami neste sentido, se teremos servidores mais robustos e que suportem a enorme quantidade de jogadores simultâneos. Fiquemos na torcida que também tenhamos boas notícias neste sentido.

Apenas, para concluir, ficamos felizes que a Konami conseguiu colocar o trem nos trilhos. E isso é bastante evidente quando experimentamos a demo: o foco de fato foi reconquistar os fãs, por isso, não é notório nenhuma inovação relevante no jogo, isso provavelmente vai começar a ser pensado para o PES 2016. E passaremos mais um ano sugerindo o retorno do modo comunidade.